Lenda da Morte do Padre Lamônaco
Dizem que a Igreja São Domingos
(1824), deveria ter duas torres, como muitas Igrejas em estilo barroco
construídas na mesma época...
Conta a lenda que a Igreja São
Domingos não possui duas torres porque o Padre Lamônaco, vigário italiano,
naturalizado brasileiro, que a construiu em 1898, adoeceu gravemente, ficando
por muito tempo enfermo na cama. Quando viu que se aproximava-se seu fim, pediu
às pessoas que cuidavam dele que não o enterrassem. Seu último pedido foi que,
seu corpo fosse lançado ao mar, porque amava muito Torres, e a beleza desse
mar.
Uma vez segunda vez, lançando novamente seu
corpo. Mais tarde o corpo reapareceu. Ainda uma vez mais atiraram seu corpo ao
mar, mas o mar não o quis e o devolveu à praia.
Por três vezes o fato aconteceu... Não
sabendo o que fazer acharam por bem enterrá-lo. Por força do destino, hoje
podemos encontrar os restos mortais do Padre Lamônaco sepultado na torre que
ele mesmo construiu.
Tesouro da Guarita
Conta a lenda que, há muito tempo, em
frente à praia da Guarita, ancorou um navio de Piratas. No porão do navio havia
um grande tesouro que dois tripulantes resolveram roubar.Pela madrugada,
pegaram o baú de moedas de ouro, colocaram em um pequeno bote e fugiram
sorrateiros. Remaram até a praia, chegaram e foram logo enterrando o baú
embaixo de um coqueiro. Estavam tão cansados que resolveram descansar.
Neste ínterim, chegaram os demais
piratas e mataram um dos ladrões. O outro conseguiu fugir, subindo pelo Morro
das Furnas, sempre perseguido pelo resto do bando. Quando o ladrão se viu entre
o paredão e os piratas, disse: "Apenas dois sabiam onde está enterrado o
tesouro. Um já está morto e o outro jamais dirá!" e, após dizer isso,
atirou-se ao mar.
Lenda do Homúnculo
Conta a lenda, que muitas pessoas que
sobem o Morro das Furnas ou que passeiam pela Praia da Guarita durante a noite
correm o risco de encontrar com o "Homúnculo". Trata-se de uma
assombração que se mostra como um homem de baixa estatura, vestido em andrajos. Dizem
ser o espírito de um suicida que efetuou seu derradeiro salto atirando-se de um
dos paredões
Lenda da Lagoa do Violão
Conta a lenda que, há muito tempo
atrás, naufragou um navio espanhol na ilha que se localiza em frente a Praia
Grande, e que hoje chamamos Ilha dos Lobos. Tal naufrágio não deixou
sobreviventes, com exceção de um jovem rapaz que conseguiu chegar à praia
porque estava com seu violão.
O jovem foi encontrado, em seguida,
pela filha do chefe da tribo que por acaso passava pela praia que hoje
denominamos Praia da Cal. Aquela índia de grande beleza e formosura chamava-se
Ocarapoti (em tupi-guarani significa flor silvestre).
Resgatado e trazido para a tribo, o
jovem recuperou-se e, com seu violão, passou a entoar canções que encantavam a
todos na tribo. Era tão grande a admiração que despertava, que recebeu o nome
de Puiara (o dono da música).
Passou o tempo e Ocarapoti estava cada
vez mais apaixonada. Seu pai, chefe da tribo, começou a estranhar o fascínio
que Puiara exercia sobre toda a tribo. Resolveu, então, matar Puiara. No
ritual, o jovem foi morto e cremado, de suas cinzas foi feita uma
"pasta" que todos na tribo comeram. Acreditavam que, desta maneira,
os dons musicais de Puiara passaria para os demais integrantes da tribo.
Inconformada com a morte de seu amor,
Ocarapoti pegou o violão de Puiara e dirigiu-se a um lugar afastado, atrás do
Morro do Farol. Tanto sofreu, tanto chorou que de suas lágrimas surgiu uma
lagoa que pouco a pouco começou a tomar forma daquele instrumento musical: a
Lagoa do Violão.